texto #15

Hoje no ônibus fiquei pensando no meu aniversário, pensando que iria fazer 20 anos e que finalmente teria uma idade par. Então me lembrei de quando estava nos anos iniciais da escola e não gostava de ter só uma palavra em uma linha, porque o ponto final não era uma companhia suficiente nenhuma palavra que fosse castigada com a solidão do universo das linhas de caderno. Com números era a mesma relação: sempre imaginei eles juntinhos de mãos dadas e um número triste, sozinho, no final das continhas.

Sempre foi muito solitária a vida das minhas palavras e números monogâmicos.
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